Maio Roxo: Novas terapias disponíveis para o tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais

Sem causas cientificamente comprovadas, as  DIIs compreendem a Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa

Os anos de 2020 e 2021 trouxeram boas notícias para o tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs).

Foram incorporados, pela CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) no ano de 2020 ao SUS os medicamentos biológicos Infliximabe e Vedolizumabe e em 2021 pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que é a agência reguladora dos planos de saúde no Brasil, as terapias biológicas, Infliximabe, Vedolizumabe e Golimumabe para tratamento para tratamento da Retocolite Ulcerativa moderada a grave. Tratamentos estes que anteriormente eram liberados apenas para os pacientes com Doença de Crohn.

A decisão beneficia milhares de pacientes com Retocolite Ulcerativa. A aprovação desses medicamentos pelo CONITEC e pela ANS é o resultado de um trabalho em equipe, que envolveu a participação do GEDIIB - Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil e das associações de pacientes ABCD, DII Brasil, entre outras.

 

Os tratamentos prescritos passaram a ter cobertura pelo SUS e planos de saúde. A Retocolite Ulcerativa (RCU) ou colite é uma doença inflamatória intestinal, que é caracterizada por inflamação difusa da mucosa cólica. Os sinais e sintomas da RCU dependem da localização, significância e gravidade da doença.

A ANS aprovou, também em abril deste ano, a ampliação da cobertura obrigatória, pelos planos de saúde, para procedimentos e medicamentos relacionados às Doenças Inflamatórias Intestinais. Mas é preciso estar atento: Os planos de saúde devem garantir a seus usuários, sem custos adicionais, exames como IGRA, Calprotectina Fecal e a Cápsula Endoscópica.

 

 

Campanha Maio Roxo

 

Durante o mês de maio diversas ações ocorrem pelo Brasil como forma de conscientização, prevenção e cuidado em torno das Doenças Inflamatórias Intestinais. Estima-se que 5 milhões de pessoas em todo o mundo possuam Doenças Inflamatórias Intestinais e apesar de não ter causa comprovada, é possível que as DIIs estejam relacionadas aos chamados hábitos de vida ocidentais, como alto consumo de comidas gordurosas e produtos industrializados, além de fatores hereditários e imunológicos. No Brasil, elas atingem 13,25 em cada 100 mil habitantes, sendo 53,83% de Doença de Crohn e 46,16% de Retocolite Ulcerativa, segundo dados apresentados pelo GEDIIB - Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil.

Prevalente na população entre 20 e 40 anos, suas incidências vem aumentando nos países em desenvolvimento, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia. Sem causas cientificamente comprovadas, as principais DIIs são a Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.

A Retocolite Ulcerativa acomete apenas intestino grosso, a Doença de Crohn pode afetar todo o tubo digestivo e o ânus. Tratam-se de condições crônicas, mas com tratamentos que na maioria das vezes permitem ao indivíduo levar uma vida normal, principalmente quando se tem o diagnóstico precoce.  

 

Ornella Cassol – Médica Coloproctologista | CRM 35637

Atendimentos em Passo Fundo e Marau

 

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