O mês de março alerta para a prevenção do câncer colorretal

Também chamado de câncer de intestino, acomete o intestino grosso, reto e o ânus

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer que mais mata pessoas no mundo. Possui desenvolvimento gradual por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada sem apresentar qualquer sintoma. Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental. Quanto mais cedo é diagnosticado, maiores são as chances de cura da doença.

No Brasil, são 34.280 novos casos a cada ano. É o segundo tipo de câncer que mais acomete as mulheres, são cerca de 17.620 casos anualmente, e o terceiro mais frequente no homem, sendo em torno 16.660 ocorrências diagnosticadas.

O Rio Grande do Sul, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o estado com a maior taxa de mortalidade entre as mulheres. No Estado, as mortes são de 1,5 a cada 10.000 mulheres, ou seja, 838 mortes por ano em números absolutos.

 

Sintomas

Entre os principais sintomas que podem ser observados estão: sangue nas fezes, diarreia e constipação persistentes, anemia, perda de peso, fraqueza e dores abdominais.

No estágio inicial, a doença pode ser assintomática. Na fase avançada, pode atingir além do intestino, os ossos, fígado e pulmão. Mas para determinar quando uma pessoa deve começar a fazer os exames de rastreamento (prevenção) e quais serão indicados é preciso avaliar o risco que ela tem de desenvolver a doença, por isso a importância de consultar um Coloproctologista.

A colonoscopia é um dos melhores exames para o rastreamento, pois detecta lesões e permite a retirada de pólipos se forem encontrados, durante o mesmo exame.

 

Prevenção

Para prevenção do câncer colorretal é importante evitar os fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença. Para que isso aconteça, muitas vezes, é necessário modificar alguns hábitos. Excesso de peso ou obesidade aumenta o risco de câncer colorretal em homens e mulheres. Gordura na barriga também está associado a este tipo de câncer. Manter um peso saudável e evitar o aumento de peso pode ajudar a diminuir o risco da doença. A prática da atividade física contribui para reduzir o risco de câncer colorretal e pólipos. A atividade regular moderada reduz o risco, mas a atividade vigorosa pode ter um benefício ainda maior. Aumentar a intensidade e a quantidade da atividade física pode ajudar a reduzir o risco. Em geral, as dietas ricas em vegetais, frutas e grãos integrais, com pouca carne vermelha ou processada, estão associadas a um menor risco deste tipo de câncer. Limitar o consumo de carnes vermelhas e processadas e ingerir maiores quantidades de vegetais e frutas pode ajudar a diminuir o risco da doença. O hábito de fumar está associado a um risco maior de câncer colorretal, bem como de outros tipos de câncer e outros problemas de saúde.

 

Fatores de risco

Existem os fatores de risco modificáveis: como suspensão tabagismo e dieta rica em fibras e os nãos-modificáveis como idade e histórico familiar. Por isso os exames de rastreamento são muito importantes.

Os fatores de risco podem influenciar o desenvolvimento do câncer, mas a maioria não causa diretamente a doença. Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com câncer colorretal não tem fator de risco conhecido. O alcoolismo, idade acima de 45 anos, histórico pessoal de pólipos ou câncer colorretal, histórico familiar de câncer colorretal e síndromes hereditárias também estão entre os fatores de risco.

 

Tratamento

O tratamento depende do estágio da doença e da localização do tumor. As lesões iniciais podem ser removidas por colonoscopia. Os tumores maiores, que não são possíveis de remoção via colonoscopia, são tratados por cirurgia, que pode ser realizada via aberta ou videolaparoscópica. Além disso, quando necessário o tratamento cirúrgico pode ser complementado com quimioterapia e/ou radioterapia.

 

Diagnóstico

A colonoscopia é um exame realizado por um aparelho de fibra ótica, longo (180 cm) e flexível que é introduzido através do ânus e permite a visualização completa do reto e do cólon. Essa visualização ocorre através de uma câmera inserida na extremidade do colonoscópio, cuja imagem é enviada para um monitor, permitindo assim, a análise simultânea do interior do cólon. O equipamento também permite a inserção de outros instrumentos especiais para a remoção de possíveis pólipos ou biópsias. O exame é feito sob sedação e analgesia (sem dor) e permite que o médico examine detalhadamente o cólon. Os riscos do exame estão vinculados ao sangramento depois da retirada de pólipos, biópsias e perfuração intestinal.

 

Ornella Cassol – Médica Coloproctologista

CRM 35637

Atendimentos e realização de exames de colonoscopia em Passo Fundo e Marau

Professora do curso de Medicina da IMED

Doutorando em Clínica Cirúrgica na PUC-RS